10 coisas que você não sabia sobre cachorros
Que eles são os melhores amigos do homem, você sabia. Mas os cachorros
também são “um mundo à parte”. Protagonistas de filmes, motivo de
estudos, e não só companheiros, mas muito úteis aos homens, os cães tem
segredos que alguns dos mais apaixonados pelos bichos nem desconfiam.
Você pode achar que conhece bem o seu cãozinho, mas confira 10 fatos
sobre ele que você talvez nunca tenha imaginado:
10) Os cães pegam nossas doenças
Nós podemos ser diferentes dos cachorros de várias maneiras, mas na
doença, não. Os cachorros pegam versões caninas de distúrbios humanos
raros, como doenças no cérebro que levam à incapacidade de caminhar ou
controlar seus músculos. Também, todo ano, cerca de 6 milhões de cães
são diagnosticados com câncer. E, apesar de ficar doente não ser bom
para ninguém, existe um benefício de ambas as espécies pegarem as mesmas
doenças. Testes e pesquisas são mais fáceis de serem executados em
animais, dando aos médicos um modelo da doença humana, e, ao cachorro,
mais chances de cura – se uma doença acontece nos humanos, as chances de
serem feitas pesquisas sobre ela são maiores.
9) Os cães podem sentir/cheirar as nossas doenças
Cães estão sendo cada vez mais utilizados como animais de serviço
para pessoas com diabetes, cuja saúde pode ser prejudicada quando o
açúcar de seu sangue oscila. Cães especialmente treinados podem detectar
o odor destas mudanças (doce para açúcar elevado no sangue, ácido para
açúcar baixo) e alertar os seus proprietários antes mesmo deles sentirem
os sintomas. E não é só quem tem diabetes que pode se beneficiar de um
cãozinho. Se você tem câncer ou epilepsia, seu cão pode ser o primeiro a
saber. Parece que os cães podem ser treinados para farejar câncer de
pulmão, mama, pele, bexiga e próstata. Pesquisadores suspeitam que eles
sentem cheiros extremamente fracos liberados por células anormais.
Também dizem que um cão pode prever um ataque epiléptico 45 minutos
antes do seu início. O fato é que ninguém sabe o que os cães conseguem
captar, mas as teorias vão de um cheiro desconhecido a sutis mudanças de
comportamento.
8 ) Os cães são capazes de “pensar”
Segundo pesquisas, os cães podem ser tão inteligentes quanto crianças
de dois anos. As cinco raças mais inteligentes são o border collie
(sendo que alguns membros da raça são capazes de entender até 200
palavras), os poodles, os pastores alemães, o golden retriever e os
dobermans. A raça mais popular da América, o labrador, alcança o número
sete da categoria. As raças mais antigas, como cães de caça, buldogues e
beagles, estão entre os alunos mais “lentos” do mundo canino. Ao
contrário das raças mais recentes, que são projetadas para serem
companheiras e sociáveis, as raças de cão mais velhas foram criadas para
farejar e caçar, o que pode ter lhes dado mais músculos do que cérebro.
7) É raro, mas os cães podem nos deixar doentes
Os cães podem transportar doenças que prejudicam os seres humanos.
Raiva, uma doença neurológica fatal, é a mais famosa. Hoje existem
vacinas, exigidas por lei na maioria dos estados, que podem interromper
sua disseminação. Em alguns casos, alimentos para cães podem causar
intoxicação alimentar em humanos, devido à contaminação pela bactéria
Salmonella. Há também um estudo que descobriu que o homem pode contrair o
parasita nematóide
Toxocara canis apenas por afagar a pele de
cães infectados. A lombriga, que cresce nos intestinos de cães, pode
crescer na parte de trás do olho em seres humanos, causando cegueira.
Elas podem também fixar residência no fígado e nos pulmões humanos. Tais
infecções em humanos são raras, e cuidados veterinários adequados podem
garantir que os cães fiquem livres delas. Ainda assim, os veterinários
dizem que higiene é importante para proprietários de cães. Todos devem
lavar as mãos antes das refeições ou depois de fazer carinho no seu
animal.
6) Os cães sentem inveja
Não, isso não é um sentimento apenas humano. Cães sabem quando não
estão recebendo um tratamento justo. Um estudo de 2008 concluiu que
quando os cachorros viam outros cães recebendo recompensa por um truque
realizado, os cães que não ganharam recompensas tornaram-se agitados,
arranhando-se e evitando o olhar dos cães recompensados. Eles também
pararam de fazer o truque muito mais rápido do que se estivessem
sozinhos e não obtivessem uma recompensa. Porém, eles continuam sendo
criaturas melhores do que nós. A versão de ciúme dos cães não é tão
sofisticada: os animais não pareciam se importar se os outros cães
ganhavam salsicha e eles ganhavam apenas pão, e eles não se importavam
se outro cão ganhava comida sem ter que fazer nada, enquanto eles
tiveram que realizar truques para ganhar um lanche.
5) Os cães não sentem culpa
Os olhinhos tristes que os cachorros dão quando são pegos fazendo
algo errado não são um sinal de culpa, segundo pesquisadores. Eles
apenas respondem à repreensão humana. Quando proprietários pensaram que
seus animais tinham comido um lanchinho proibido e os repreenderam, os
cães olharam pro dono com o olhar de “culpa”, independentemente de ter
ou não realmente comido o lanche. Na verdade, os cães que foram
injustamente acusados muitas vezes pareciam mais culpados do que os cães
que realmente tinham comido o lanche. Ou seja, o olhar de coitado não
deve ser encarado como uma confissão.
4) Os cães dóceis vivem mais
Os resultados de um estudo sugerem que, na formação de raças, quando
os homens buscaram selecionar “personalidades caninas”, inadvertidamente
tocaram em características ligadas ao metabolismo e a longevidade.
Segundo pesquisas, raças de cães obedientes e dóceis vivem mais. O
estudo comparou o uso de energia, as personalidades, as taxas de
crescimento e a expectativa de vida de 56 raças de cães. Após controlar
fatores como o tamanho do corpo, os pesquisadores descobriram que raças
agressivas e corajosas tendem a viver menos. Eles cresceram mais
rapidamente do que as raças obedientes, ávidas para
agradar, mas também
tiveram maiores necessidades de energia.
3) Os cães são os mamíferos mais diversificados
Os cães apresentam uma incrível diversidade na forma do corpo. Um
estudo publicado em 2010 constatou que as diferenças entre os crânios de
raças de cães são tão acentuadas como as diferenças entre espécies de
mamíferos completamente distintas. Um crânio de Collie, por exemplo, é
tão diferente de um crânio de Pequinês como o crânio de um gato é de uma
morsa. Toda esta diversidade faz dos cães uma espécie ideal para
estudar como os genes trabalham, permitindo que pesquisadores associem
genes a determinadas características, por exemplo, o que faz um cão
dócil ou bravo.
2) Os cães têm árvores genealógicas
O conhecimento dos cientistas sobre os genes dos cães tornou possível
traçar a árvore genealógica canina. Em 2010, pesquisadores anunciaram
que cães pequenos vêm de uma linhagem que surgiu no Oriente Médio.
Chihuahuas, terriers e outras raças de cães pequenos partilham uma
variante do gene de populações de lobo cinzento do Oriente Médio, o que
indica que raças pequenas provavelmente foram domesticadas nessa área.
As conclusões se encaixam com evidências arqueológicas de que o homem e
os cães começaram sua amizade há 12.000 a 13.000 anos no Oriente Médio,
onde cães têm sido encontrados em antigos cemitérios humanos, às vezes
até enrolados no túmulo com seus donos.
1) Seriam os cães ícones religiosos ou peças de interação social?
Nos tempos antigos, cães tinham um papel espiritual. O cão de três
cabeças, Cerberus, guardava o submundo no mito grego, ao passo que os
embalsamadores egípcios antigos tiveram o deus Anubis como seu patrono.
No folclore maia, os cães conduziam os falecidos à vida após a morte. No
Nepal, o Festival de Outono de Tihar tinha um dia especial para honrar
os cães com guirlandas de flores e alimentos.
Hoje em dia, os cães são vistos como animais de estimação sem valores
religiosos. Porém, muitas pessoas possuem cachorros, e a maioria delas
cuida deles como se fossem filhos. O melhor amigo do homem pode até
mesmo lhe ajudar a ter mais amigos: um estudo de 2000 descobriu que
andar com um cachorro pelo menos triplicou o número de interações
sociais que uma pessoa teve. Os cães são realmente capazes de dar uma
mãozinha nesse quesito: eles provocaram contato social positivo mesmo
quando o animal olhou ferozmente para a outra pessoa, ou quando o
proprietário estava vestido com roupas velhas e surradas. [
LiveScience]